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Boletim de Vigilância em Saúde – CONJUNTIVITE :

Volume 2.:

Numero 2
Ano - 2018

Por Gessica Pacheco Cacador


Santo Antonio do Aventureiro, por meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, o segundo Boletim Informativo, com público alvo profissionais da Saúde, cujo tema é “Surto de Conjuntivite”.

CONJUNTIVITE :

“inflamação da conjuntiva”, que é o tecido composto de uma camada de epitélio escamoso não queratinizado e uma lâmina própria, ricamente vascularizada, que recobre o globo ocular em toda a extensão da esclera até o limbo (região anelar entre a córnea e a esclera), chamada conjuntiva bulbar, além da parte interior das pálpebras (conjuntiva tarsal).
01/05/2018 Volume 2, número 2, ano 2018 Olhos avermelhados e lacrimejantes, pálpebras inchadas e avermelhadas, secreção esbranquiçada e sensação de areia nos olhos.
Estes são os principais sintomas daconjuntivite, doença que normalmente tem duração de 15 dias até a evolução para a cura.
Vírus e bactérias podem ser causadores da conjuntivite, além de reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes como fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou maquiagem.


A conjuntivite não é uma doença de notificação compulsória, porém torna-se de notificação obrigatória na vigência de surtos. Nesses casos, os dados são digitados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) como qualquer surto, no módulo que foi desenhado especificamente para este fim no ano de 2001.


Nesse sistema as informações devem ser digitadas na ficha específica de surto, apontando o número total de casos até a data da notificação. Para o acompanhamento dos casos, a Unidade de Saúde precisará coletar informações mínimas dos pacientes, como iniciais do nome, idade, sexo, data dos primeiros sintomas e local de residência para digitação na planilha de acompanhamento do SinanNet – Surto, implantada em 2007. Na identificação de casos adicionais pertencentes a um surto já notificado, as informações individuais de todos os casos novos deverão ser incluídas na planilha de surto do SinanNet.


O monitoramento dos dados permite observar o comportamento epidemiológico da doença e a observação de qualquer aumento brusco do número de casos. É utilizado como sinal de alerta para a investigação da ocorrência de um surto em determinado município e para o desencadeamento das medidas de controle.


Em Minas, foram notificados, até o momento, 118 surtos de conjuntivite em 2018, (informação atualizada em 15/03/2018). Em 2017, foram 180 surtos notificados. Em relação à transmissão da doença, caso tenha sido causada por vírus e bactérias, ela ocorre de pessoa para pessoa, principalmente por meio de objetos contaminados como equipamentos oftálmicos, toalhas, travesseiros, lenços e copos. Normalmente, a disseminação é rápida em ambientes fechados. Por isso, é preciso ter um cuidado especial em locais como escolas, creches, escritórios e fábricas.



Surto:

é um termo usado naepidemiologia para identificar quantidades acima do normal de doenças contagiosas.Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica.
Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades.

Caso:

Pode ser entendida como um conjunto de critérios que se utilizam para decidir se uma pessoa tem ou não uma particular doença ou apresenta um determinado evento adverso à saúde.

Em Santo Antonio do Aventureiro, foram notificados, até o momento 176 casos. A população no censo de 2010 é de 3538 pessoas, esse surto acometeu aproximadamente 5% da população do município. (informação atualizada em 14/05/2018).
Segundo a referência técnica do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas), Soraia Zardini de Morais, no caso da conjuntivite viral, é recomendado que o paciente se afaste temporariamente de ambientes coletivos. “Recomenda-se cuidados de higiene pessoal, como lavar com frequência as mãos e o rosto com água e sabão, evitar coçar os olhos, usar, quando possível, lenços e toalhas descartáveis e/ou individuais. Utilizar travesseiros individuais e evitar o uso de objetos pessoais de pessoas com conjuntivite também está dentro do recomendado”, explica.
Além disso, é recomendado que o paciente evite atividades de grupo enquanto a secreção ocular estiver presente, como o uso de piscinas. Lentes de contato também não são recomendadas, além de ser necessário limpar as superfícies que foram tocadas por pessoas com conjuntivite com água e sabão e, posteriormente, com álcool 70%. Lembrando que todo caso de conjuntivite deve ser encaminhado ao serviço de saúde para diagnóstico e orientações para o tratamento e controle da doença.


15 Dicas simples que podem reduzir a ocorrência da conjuntivite.


1. Nunca compartilhe itens pessoais como maquiagem, travesseiros, óculos e toalhas de mão e rosto

2. Cubra o nariz e a boca quando tossir ou espirrar e evite esfregar ou tocar os olhos

3. Nunca compartilhe suas lentes de contato com outra pessoa e interrompa o uso caso apresente sintomas da conjuntivite

4. Lave as mãos frequentemente, especialmente quando passar tempo na escola ou em outros lugares públicos

5. Mantenha acessível um desinfetante manual como o álcool gel e use-o com frequência

6. Limpe sempre as superfícies com um antisséptico apropriado

7. Se você sabe que sofre alergias sazonais, pergunte ao seu médico o que pode ser feito para minimizar seus sintomas

8. Ao nadar, use óculos de natação para se proteger de bactérias e outros microrganismos presentes na água

9. Ande sempre com lenços de papel para secar ou limpar os olhos e jogue-os fora após o uso. Não guarde os lenços contaminados no bolso para reutilização

10. Não use lentes de contato ou maquiagem na região dos olhos enquanto eles ainda estiverem vermelhos ou irritados

11. Separe sua toalha de rosto e travesseiro, de preferência troque a fronha e a toalha todos os dias

12. Use apenas o medicamento indicado pelo seu médico e lave os olhos com água filtrada ou tratada

13. Faça compressas frias várias vezes por dia e lave o rosto e os olhos com água gelada sempre que possível

14. Em caso de baixa de visão, procure novamente seu oftalmologista

15. Evite a reinfecção não utilizando novamente a maquiagem ou lentes de contato que possa ter usado no período que estava doente

4. Lave as mãos frequentemente, especialmente quando passar tempo na escola ou em outros lugares públicos



CONJUNTIVITE :

Por Gessica Pacheco Cacador